Qual a melhor abordagem de pesquisa? Quantitativa ou qualitativa?
Durante muito tempo, as abordagens quantitativa e qualitativa foram vistas como “rivais” (Sampieri et al., 2014), entretanto na atualidade elas são entendidas como complementares e possuem grande valor para a obtenção de conhecimento. A despeito de não serem excludentes, existem inúmeras diferenças entre elas.
As principais diferenças entre as abordagens são:

Como se observa, a pesquisa qualitativa fornece profundidade aos dados, riqueza interpretativa, contextualização do ambiente ou ambiente, detalhes e experiências únicas. Da mesma maneira, traz um ponto de vista abrangente e natural dos fenômenos, bem como maior flexibilidade. Por outro lado, a abordagem quantitativa apresenta a possibilidade de generalizar os resultados de forma mais ampla, dá controle sobre os fenômenos, além de um ponto de vista baseado em contagens e magnitudes. Também, proporciona alta repetibilidade e foca em pontos específicos de tais fenômenos, além de facilitar a comparação entre estudos semelhantes.
A abordagem quantitativa ou qualitativa não proporciona maior ou menor grau de cientificidade à pesquisa. Inclusive, é frequente a combinação dos métodos (“qualiquanti”) para fortalecer e enriquecer a pesquisa em termos de confiabilidade e abrangência (Alves, 2020).
Ou seja, não se pode afirmar que uma abordagem é melhor que outra. Elas apenas constituem formas diferentes para o estudo de um fenômeno.
Fonte:
Alves, C. N. (2020). Introdução a metodologia de pesquisa. FGV Direito Rio.
Prodanov, C. C., & Freitas, E. C. (2013). metodologia do trabalho científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico (2nd ed.). Feevale.
Sampieri, R. H., Collado, C. F., & Lucio, M. del P. B. (2014). Metodologia de la investigación. McGraw-hill / Interamericana Editores.